segunda-feira, 19 de novembro de 2007

E a Democracia ali tão perto…


Li neste fim-de-semana, enquanto desfrutava duma requintada crise de gripe, num Jornal Regional, não quero mentir mas penso que na Carteira, que foi apresentado pela Câmara de Loulé o PU de Quarteira.

Fê-lo numa sessão de esclarecimento pública e antes do referido documento ir para discussão pública.

Dizia o Senhor Presidente da Câmara, Dr. Seruca Emídio que quis uma discussão alargada e transparente em torno de toda a elaboração do documento.

Que inveja que eu tenho.

Para quando uma atitude semelhante no meu Concelho. Isto prova que o problema não é partidário, a Câmara de Loulé é PSD, mas sim de perspectivas pessoais do que é uma governação em Democracia.

Ainda no mesmo Jornal vem referenciado uma série de Planos de Desenvolvimento em variadíssimas zonas feitos de forma concertada, numa estratégia de desenvolvimento integrado de todo o Concelho.
Em Lagoa demora-se anos para fazer um, e depois logo se começa outro, ou seja demora-se tantos anos a planificar uma área duma Freguesia como Loulé a projectar todo o Concelho.

Acredito que não seja muito fácil ser oposição em alguns Concelhos, Loulé é disso um exemplo, mas em Lagoa????

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Simples e pouco eficaz.



Curtas e Directas. Escolha qual a máscara que melhor se poderá adequar a cada “sentido”.
Sentido de golo…


Li numa acta da nossa Câmara que foi cedido o Campo MUNICIPAL de Estombar à Escola de Futebol do João Moutinho obviamente sem qualquer encargo para este.
Pergunto então. A escola de futebol do João Moutinho não é particular? Não visa fins lucrativos? O Estádio não é Municipal, ou seja, como se costuma dizer pago e mantido com o dinheiro de todos nós?
Ceder, tudo bem, até poderia ser mais uma fonte de receita para o Município, sem ser só os Impostos, mas cedera título gratuito? Porquê?
A decisão foi aprovada por unanimidade.


Sentido de estado…

Não vi, mas já é publico que na última Assembleia Municipal de Lagoa houve um arrufo do seu Membro Joaquim Piscarreta.
Depois duma breve e infeliz troca de palavras com o Presidente da Assembleia, e quando este para clarificar a situação manda ir buscar o documento que clarificaria a questão, o Senhor Membro…fugiu.
Mas o que é que se passa consigo amigo Piscarreta?
Calma homem, ainda é novo.



Sem Sentido…






O afamado UP11, já foi votado pela nossa digníssima Câmara. Foi votado favoravelmente por unanimidade.
Pronto, já está. Hip!!Hip!!Urra.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Eficácia


Uma das novas Maravilhas do Mundo, segundo votação que todos acompanhamos e em que muitos participaram, é a Estátua do Cristo Redentor, vulgarmente conhecido como Cristo-Rei, no Rio de Janeiro.


Tem 38 metros de altura, está localizado no cimo do Morro do Corcovado, cerca de700 metros acima do nível do mar, e tem um peso de 1145 toneladas. O projecto foi desenvolvido por Heitor da Silva e desenvolvido pelo escultor francês Paul Landowski. A estátua demorou cinco anos a ser construída e foi inaugurada a 12 de Outubro de 1931.

5 Anos.

Ou seja demorou tanto tempo a ser construída como a Escola de Transito de Lagoa, mais coisa menos coisa.

É caso para perguntar.

“Quanto tempo demoraria esta Estátua a ser construída se em vez dos referidos protagonistas, fosse uma obra da nossa Câmara?”

1145 Toneladas de pedra distribuídas por 38 metros de altura, obra feita no cimo de um monte com 700 metros nos idos anos 30, contra uma casinha com uma pista de carrinhos à volta e um espaço ajardinado de belas moitas nos princípios do séc. XXI.
Tempo de construção – Empate técnico.

Valha-me o Cristo-Rei.

domingo, 11 de novembro de 2007

Será?


Uma vez que não tenho a certeza de que a noticia que circula por ai, inclusive neste Blog, por intermédio dum comentário aqui colocado, o que desde já agradeço, não quero, para já, tecer comentários sobre hipotéticos “namoros próprios da época vitoriana”

Quero isso sim deixar aqui o meu abraço amigo, a um Autarca que se tem desdobrado em infinitas paciências e que mesmo com todas as contrariedades e rasteiras que tem sofrido, mantêm uma vivacidade e um desejo de trabalhar que é digno de nota.

Seria imperdoável que quem tem responsabilidades deixasse “cair” este homem em nome de….nada.

Amigo Carlos Ramos, continua, já demonstraste que és superior a muita coisa, e quero acreditar que esta não passa dum boato infundado.

Não acredito que seja só o ursinho da fotografia a ter vergonha na cara.

Um abraço, amigo.

sábado, 10 de novembro de 2007

Resumos de Acta


Resolvi dar uma vista de olhos pelas actas das reuniões do executivo da nossa Câmara.
É sempre bom estar atento ao que por lá se passa e se diz, até para não cometer algum erro de análise sobre a actividade dos nossos representantes autárquicos.

Visionei as Actas de Outubro e pergunto, será que aquelas actas retratam o que lá se diz?

É que se assim for, ninguém fala, só concordam. Digo isto porque quase tudo é aprovado por unanimidade, pelos vistos sem qualquer tipo de discussão.

Sinceramente, não acredito que assim seja, penso que deve de haver algumas intervenções e troca de argumentos, mas se assim for, as actas estão muito mal lavradas.

Chamo aqui a atenção dos nossos representantes para que esclareçam esta minha dúvida., ou não se passa nada ou nada passa para a acta.

Custa-me a crer que um determinado assunto tenha sido alvo duma acalorada discussão, com uma ou mais intervenções de fundo e que na acta seja resumido a “… e foi aprovado ….”.

Se algum dia algum historiador queira fazer uma pesquisa sobre a actividade da Câmara ficara com matéria para meia página.

Sei que existem assuntos bem mais importantes do que este para discutir, mas um pouco de brio não fica nada mal.

Participação Cívica



Um dos assuntos que mais hipocritamente “preocupa” a classe Politica é o alheamento dos cidadãos da participação cívica. Obviamente que se debruçam somente sobre os índices de abstenção nos actos eleitorais.
É habitual logo nas noites eleitorais, quando os valores da abstenção continua a bater recordes, aparecerem logo as preocupações “sentidas” e a união em torno da ideia de que qualquer coisa tem de ser feito para bem da Democracia.
Ora bem, a noite passa, o dia nasce e a preocupação dá lugar ao “ deixa andar”.

Pergunto então, e cingindo-me só à minha terra.
“ O que tem sido feito para inverter esse constante alheamento dos nossos cidadãos para com os destinos do nosso Concelho?”

Ainda há pouco tempo estiveram em discussão pública dois documentos estruturantes para o nosso Concelho, como foram o P.U. de Lagoa e a U.P. 11.
Não houve da parte da nossa Autarquia a mínima preocupação em fazer qualquer acção de esclarecimento junto da população, quem estivesse interessado que fosse consultar os processos. É caso para dizer “que chatice esta coisa da consulta publica”
Não deveria ter havido o interesse em discutir estes documentos o máximo possível? Será que só meia dúzia de pessoas neste Concelho tem capacidade de saber o que é ou não o desenvolvimento to da nossa Terra? Devemo-nos de contentar com o facto de o documento ter sido consultado por 20 ou 30 pessoas quando 90% dessas pessoas só o fizeram porque tinham interesses directos sobre o que estava sendo discutido?

Acho que é muito pouco.

Deixo então o meu modesto contributo para que os próximos candidatos autárquicos possam ter ou não em conta.

- Todos os instrumentos de Planeamento, independentemente do período de discussão pública, sejam alvo dum profundo debate público, com acções de esclarecimento, exposições, visitas às zonas de influência, concursos de ideias, etc.

- Implementação da Agenda Local XXI. “ …programa de acção elaborado de uma forma participativa que visa um maior envolvimento entre poder local e agentes locais nas dinâmicas de desenvolvimento económico, social e ambiental de escala autárquica…”; (Autarquias e desenvolvimento sustentável – Luísa Schmidt; Joaquim Nave e João Guerra); Desde 1992 que este compromisso foi assumido mas obviamente que Lagoa ainda não teve tempo…

- Promoção do Orçamento Participativo. Como já é feito em alguns Municípios deste nosso Pais, inclusive no Algarve, com excelentes resultados ao nível da participação cívica.

São 3 simples medidas que poderão melhorar o envolvimento de todos, para uma Lagoa mais moderna, mais reivindicativa, mais participativa, mais atenta.


terça-feira, 6 de novembro de 2007

A Ponte já mexe…


Volto ao tema da Ponte do Arade (Espero que ninguém leve a mal eu a chamar assim), para dar conta de duas notas de impressa que entretanto saíram.

Uma do Partido Socialista de Lagoa, melhor dizendo dos Vereadores do Partido Socialista, e outra dos Executivos de Freguesia do Parchal e de Ferragudo em conjunto.

A preocupação é a mesma, ou seja, como resolver os problemas que tal fecho acarreta para a população?

Obviamente que as soluções à muito que deveriam de ter sido pensadas e agora era só comunica-las, não deixando esta angustia para muita gente.

Como é normal para o “nosso” executivo Camarário, “nada é problema até que o é”, e agora …é.
Agora vamos ver quem poderá ser responsabilizado por esta falta de atenção, uma pessoa sei que não será certamente, só falta saber a quem vai sair a fava.

Já começa a fartar tanta despreocupação.
Começa a ser hora de Lagoa mudar de rumo, só falta saber…para onde.

Parceiros ou Mecenas?



Uma área onde mais se faz sentir o envolvimento da sociedade, dita civil, é no Associativismo.

Proliferam por todo o lado uma enorme variedade de Associações das mais diversas áreas.
Associações Culturais, Recreativas, Desportivas, Económicas, Sociais etc.

Cada uma à sua maneira tenta desenvolver o melhor que pode e sabe um trabalho meritório.

Obviamente que as dificuldades dos nossos tempos são grandes e as Associações não escapam à crise.
Um dos grandes suportes financeiros das Associações, pelo menos na minha terra, são as Autarquias, melhor dizendo as Câmaras Municipais.

Então é caso para perguntar.
“Até onde poderá ir a influencia duma Câmara nos destinos duma Associação?”

Penso que mais do que dar dinheiro é necessário estabelecer parcerias, estabelecendo um intercâmbio de objectivos que visem a melhoria qualitativa da vida das nossas populações.
Não é dando dinheiro e se desresponsabilizando de tudo o resto que estamos a ajudar.
O suporte financeiro é fundamental, mas não deve funcionar como única estratégia de apoio Associativo.

O Município não deve de funcionar como um Benemérito mas como um parceiro, parceiro esse que tendo um papel fundamental no dia a dia das Associações deve de estar atento a tudo o que lá se passa, estar a tento ás dificuldades, e ajudar a “crescer”, mas ao mesmo tempo responsabilizar e exigir.

Uma área onde penso que pelo contrário não deve haver interferência é nas questões de disputas internas.
Aqui sim deverá haver um distanciamento cauteloso e não a tendência caciquista de intervir.

Tristemente, é precisamente isso que muitas vezes se passa. Já assistimos a degradantes espectáculos que em nada abonam quem os promove e sobretudo quem se sujeita a ser um mero peão neste tabuleiro.

Muito tem de mudar……

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Ponte de Portimão ou do Arade?



Li no Correio da Manhã de Domingo que a ponte velha de Portimão (?), iria fechar.

Consultando o site do referido jornal, constatei que sobre o tema foram publicadas 3 notícias ao longo do dia.

Primeiro ás 00.00 horas, onde dizia que a Ponte iria fechar para obras a partir de 10 de Novembro por correr risco de colapso. Numa atitude muito sensata, veio o Senhor Vereador da Câmara de Portimão dizer que se a situação era assim tão grave fechava era já.

Posteriormente ás 13.24 horas, outra noticia, esta a referir as diligencias feitas pela Câmara de Portimão junto das Estradas de Portugal SA, para aferir sobre as reais condições das ponte.

Para finalizar ás 19.41 horas vem então p comunicado da Estradas de Portugal a dizer que tudo está sobre controlo e que a ponte é segura, embora com alguns condicionalismos. E que as obras irão arrancar ainda este Mês.
Assim sendo a Câmara de Portimão já não encerra a ponte.

Ora bem, apraz-me realçar a atitude da Câmara de Portimão zelando pela segurança de quem lá passa, a celeridade com que encarou este assunto e as diligencias tomadas.

Então, mas a ponte liga duas margens, que por acaso pertencem a Concelhos diferentes. Na outra margem é o Concelho de Lagoa. E aqui fica a minha questão.

E os nossos Autarcas? Qual foi o papel deles?
Será por a ponte ser de Portimão, é que eu penso que a Ponte se chama Ponte do Arade, e apanha parte dos dois Concelhos.

Será a velha questão de sermos a “despensa” de Portimão e os donos da casa que se preocupem, a gente só está cá para fazer as camas?

Poderei estar a ser injusto, mas só me estou fazendo valer do que li, e sobre o papel do nosso executivo não li uma letra que fosse…