Quem governa tem o seu papel bem definido, que é obviamente, governar e de preferência bem.
Quanto à oposição, pode-se dizer que as doutrinas se dividem.
Por um lado temos os que governam, que esperam que a oposição reconheça a qualidade do seu trabalho e que numa hipotética falha, os desculpem porque, obviamente a culpa é-lhes alheia.
Por outro lado temos aqueles que parasitando à volta do poder tudo fazem para denegrir “os irresponsáveis da oposição” que perturbam os senhores governantes, esses sim pessoas de bem, prestando assim o seu contributo para que os que governam se eternizem no poder de modo a poderem sobreviver.
Outra corrente advoga porem que Oposição deve de ser alternativa; simplesmente. Ou seja, que confronte o eleitor e o cidadão com um facto simples e directo. “Se está contente com o que tem vote em que está a governar, se não, aqui está a nossa alternativa, que assenta em ideias próprias e liminarmente oposta aquilo que é desenvolvido por quem está no poder.
Acredito que quem está descontente e pensa inflectir o seu sentido de voto não pode ser confrontado com uma oposição que a única coisa que apresenta de diferente são os nomes dos seus candidatos. Também não creio que ser diferente seja discutir e discordar das propostas apresentadas por aqueles que governam. A oposição tem que ter um conjunto de objectivos muito próprios, originais, tem que abordar Politicas sectoriais e não pontuais.
Se somos confrontados com a escolha entre o branquinho e o cremezinho muuuuuito clarinho, ficamos na dúvida, e se não gostamos dessa tonalidade aguardamos que nos surja uma cor mais alegre, mais viva, mais brilhante.
Quando oiço algumas pessoas questionando “onde está a oposição?”, é sinal que estão descontentes com os governantes, mas, também não vêem nem acreditam nas alternativas que lhes são colocadas.
1 comentário:
Boa sorte com o novo blog...e que nos traga muita coisa para dar que pensar.
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